Uma forma fácil de identificar seu nível de ansiedade é através do chamado "Excesso de futuro". Mas o que isso significa?
O estado ansioso se caracteriza por uma série de preocupações em relação ao que pode acontecer no futuro. Geralmente, a pessoa não tem certeza alguma sobre o que realmente irá ocorrer, mas fica presa em um estado de ansiedade, imaginando diferentes cenários e os possíveis riscos de que coisas desagradáveis aconteçam.
O ciclo funciona mais ou menos assim:
1) Algo inesperado ocorre: um e-mail preocupante, uma mensagem desagradável no WhatsApp.
2) A pessoa começa a ter uma série de reações físicas e emocionais.
3) A mente começa a gerar uma sequência de pensamentos que criam cenários.
4) Esses cenários contêm suposições de que algo ruim ou desagradável acontecerá à pessoa devido ao fato ocorrido.
5) Como os cenários são negativos, a pessoa aumenta seu nível de preocupação.
6) A pessoa tenta antecipar soluções para evitar que esses cenários se concretizem.
7) Porém, na realidade, nada do que a pessoa imaginou de fato acontece. No entanto, para o seu estado emocional, isso não importa. O futuro hipotético se torna uma realidade com a qual ela decide lidar imediatamente, o que gera mais pensamentos e o ciclo se perpetua.
Normalmente, as pessoas ansiosas justificam esse comportamento, dizendo que é ótimo, que todas as pessoas deveriam pensar no futuro e se planejar. No entanto, elas não percebem que estão fazendo planos em cima do nada, sobre coisas que realmente não aconteceram e que, provavelmente, se acontecerem, serão de forma diferente do que imaginaram.
É como se a pessoa imaginasse cinco cenários, gastasse tempo desenvolvendo estratégias para todos eles, e apenas metade de um cenário realmente acontecesse.
Portanto, é fundamental que você perceba quando sua mente está excessivamente focada no futuro.
Mudar esse comportamento não é fácil. É preciso treinar técnicas específicas para lidar com isso, uma vez que esse mecanismo foi aprendido há muito tempo. Mas é totalmente possível.
Fique ligado no próximo texto!
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Grande abraço,
Heitor G. Fagundes
Terapeuta
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