Transição ou Revisão de Carreira: O que a sua Alma está lhe pedindo?
- Heitor G. Fagundes

- 22 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 27 de jul.
Há momentos em que o desconforto se instala em nossa relação com o trabalho. Pode ser uma inquietação sutil ou uma exaustão profunda que já não podemos mais ignorar. Surge então a pergunta:Será que preciso mudar de carreira? Ou será que preciso ressignificar a forma como me relaciono com o trabalho que já tenho?
Nem sempre o caminho é abandonar tudo. Nem sempre o caminho é ficar. E, para além de estratégias de mercado ou listas de prós e contras, há um espaço interno que precisa ser ouvido: o lugar onde sua alma conversa com você.
A transição de carreira pode ser uma necessidade real quando percebemos que estamos em um caminho que não faz mais sentido para quem nos tornamos. Mas também pode ser que este impulso seja um convite para revisar como você se posiciona onde está, reconhecer padrões de autoexigência, fuga ou medo de se comprometer, ou perceber que é hora de alinhar o que faz com os seus valores mais profundos.
O autoconhecimento é a bússola nesse processo.Sem ele, podemos mudar de emprego, de área ou de cidade, apenas para reencontrar os mesmos padrões que carregamos conosco. Sem ele, podemos permanecer onde estamos por medo, racionalizando que “não é tão ruim assim” enquanto nossa energia vital se esgota em cada segunda-feira.
Quando nos abrimos para nos conhecer de verdade, começamos a identificar o que está nos movendo por trás das decisões. Será o medo do julgamento? A carência de reconhecimento? A necessidade de provar valor? Ou é um chamado legítimo para expandir nossos talentos e viver de forma mais íntegra?
Autoconhecimento não é sobre encontrar respostas rápidas, mas sobre fazer as perguntas certas:
– O que realmente me nutre no meu trabalho?– Quais valores meus estão presentes (ou ausentes) no que faço hoje?– Quais medos estão me impedindo de mudar?– Estou querendo sair por fuga ou por alinhamento com quem sou?– Como posso construir pontes para este novo lugar, se for o caso, de forma responsável e respeitosa comigo mesmo?
Quando fazemos essas perguntas com honestidade, podemos descobrir que a mudança necessária não é apenas externa, mas também interna: aprender a colocar limites, dizer não ao que não faz sentido, confiar em nossos talentos ou aprender a nos posicionar de forma autêntica.
A carreira, no fundo, é uma extensão de quem somos. E olhar para ela com coragem é também um ato de autocuidado e maturidade espiritual.
Por isso, se este tema está vivo para você, convido a não ignorar este chamado. Reserve momentos de silêncio, meditação, escrita ou conversa com pessoas de confiança para escutar o que está emergindo em você. Talvez seja hora de planejar uma transição de carreira. Talvez seja hora de uma revisão profunda de como você se coloca no mundo.
De qualquer forma, este movimento pode ser uma grande oportunidade de reencontro com você mesmo.








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