(por Heitor G. Fagundes e Isabel Urrutia)
Fernanda era a definição de sucesso. Gerente de marketing de uma grande multinacional, esbanjava confiança e carisma por onde passava. Sua trajetória meteórica era admirada por todos: promoções constantes, bônus generosos e o reconhecimento da alta gerência. Fernanda era uma entusiasta do pensamento positivo. Lia todos os livros sobre o tema, participava de palestras motivacionais e enchia seu escritório de frases inspiradoras. Ela acreditava piamente que pensar positivo era a chave para alcançar seus objetivos.
Porém, por trás da fachada impecável e do sorriso radiante, Fernanda escondia uma realidade turbulenta. A busca incessante pela positividade a havia transformado numa especialista em mascarar seus verdadeiros sentimentos. Ela ignorava as frustrações, reprimia a raiva e se recusava a reconhecer qualquer sombra de negatividade em si mesma. No fundo, temia que qualquer emoção "negativa" pudesse atrapalhar seu sucesso.
Essa repressão emocional, porém, cobrava seu preço. Fernanda era conhecida por ter pavio curto e por vezes explodia com sua equipe por pequenas falhas. As dificuldades, que ela se recusava a enxergar, se acumulavam como uma bomba-relógio em seu subconsciente. Sua equipe, inicialmente inspirada por sua energia, começava a se sentir desmotivada e acuada.
A vida de Fernanda começou a mudar quando recebeu um convite para uma palestra intitulada "Pensamento Positivo – Tipo Certo e Tipo Errado". Intrigada, decidiu participar. A palestra, baseada nos ensinamentos do Pathwork®, desmistificava a ideia de que a positividade se resumia a ignorar os problemas e cultivar apenas pensamentos felizes.
O palestrante explicou que a verdadeira positividade reside na aceitação da realidade como um todo, com suas luzes e sombras. Fernanda se viu confrontada com a superficialidade de seu próprio "pensamento positivo" e com o dano que sua repressão emocional causava.
A partir da palestra, Fernanda iniciou um processo de autoconhecimento. Começou a observar seus pensamentos e sentimentos sem julgamentos, buscando entender suas raízes. Aprendeu a aceitar suas imperfeições e a encarar suas dificuldades como oportunidades de aprendizado. Descobriu que a verdadeira força reside não em negar a dor, mas em enfrentá-la com coragem e humildade.
A transformação de Fernanda impactou diretamente sua vida profissional. Ela passou a se comunicar com sua equipe de forma mais transparente e empática, reconhecendo seus erros e incentivando o diálogo aberto. A equipe, sentindo a mudança em sua postura, passou a se sentir mais confiante e motivada.
Fernanda aprendeu a delegar tarefas de forma mais eficiente, confiando em seus colaboradores e abrindo espaço para novas ideias.
Fernanda não se tornou menos ambiciosa ou deixou de lado seus objetivos. A diferença é que, agora, ela buscava o sucesso com mais autenticidade, sem negar sua própria humanidade. Aprendeu que a felicidade autêntica não reside na busca incessante por perfeição, mas em viver o presente com consciência e gratidão, aceitando os desafios como parte do caminho.
A história de Fernanda nos ensina que o verdadeiro pensamento positivo não se trata de negar a realidade, mas de abraçá-la em sua totalidade. A jornada de autoconhecimento, com suas dores e alegrias, é o caminho para alcançar a verdadeira positividade e construir uma vida profissional e pessoal mais plena e autêntica.
História criada por Heitor G. Fagundes, PhD e Isabel Urrutia inspirada na realidade que vemos no mundo corporativo atualmente e no texto da palestra 013 do Pathwork®
Todas as palestras do Pathwork® estão disponíveis em www.vhterapias.com.br/pathwork
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