Amadurecer: a arte viva de crescer por dentro
- Heitor G. Fagundes
- 20 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 27 de jul.
Quando fazemos 20 anos, estamos montando nosso mundo, experimentando escolhas, medindo limites, percebendo que ser adulto é muito mais do que parece.
A cada década que passa, nosso corpo, nossa mente e nosso espírito caminham em ritmos próprios. Aos 30, a sociedade espera que sejamos adultos, mas por dentro, quantos de nós ainda carregamos medos e inseguranças da adolescência?
Aos 40, podemos sentir que tudo está começando, ou que estamos sendo engolidos por novas angústias. Depois dos 50, algo se acalma: há uma liberdade em relação à opinião alheia, mas também a lembrança de que o tempo segue em movimento e os 60 já estão há menos de 10.
Com o tempo e o autoconhecimento, aprendemos que amadurecer não é um destino final, mas um processo vivo. Não é sobre “atingir a iluminação”, mas sobre trazer luz aos nossos cantos internos escuros, às defesas que construímos para não sentir dor, e às ilusões que nos mantêm pequenos. É nos tornarmos capitães do nosso próprio barco, navegando pelo mar da vida, mesmo quando o mar está revolto. É escolher, dia após dia, não apenas reagir, mas parar, respirar, e decidir quem queremos ser naquele momento.
Amadurecer é também reconhecer que a dor que enfrentamos faz parte do chamado da vida para crescermos.
Muitas vezes, nosso anseio por felicidade se mistura com uma resistência inconsciente de mudar, porque o antigo é confortável, mesmo que nos machuque. Quando aceitamos olhar para dentro com sinceridade, percebemos que cada fase da vida traz seu presente: a energia dos 20, a busca de propósito dos 30, os confrontos e aberturas dos 40, a liberdade e simplicidade dos 50 e 60. Cada década convida a uma pergunta: “O que a vida está me ensinando agora?”
Se abrimos espaço para aprender com nossas emoções, como convida o Pathwork, cada crise se torna uma ponte, cada dor um portal de transformação. E amadurecer se torna, então, a arte de crescer por dentro, de aprender a amar de forma mais genuína, de criar uma relação viva com a vida e com nosso eu mais profundo.
E você, já parou para refletir sobre o que amadurecer significa na fase em que você está?
Talvez seja o momento de olhar para dentro, com gentileza, e perguntar: “O que meu ser precisa para crescer agora?” Permita-se escutar a resposta, e caminhe, um passo de cada vez, rumo a uma vida onde o amadurecimento seja uma aventura, não um peso.

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