(por Heitor G. Fagundes, PhD e Isabel Urrutia )
O despertador tocou, mas Carlos não se moveu. Ficou ali, olhando para o teto, sentindo o peso dos seus 40 anos recém-completados. "Quarenta!", pensou, com uma careta. A crise da meia-idade havia chegado com a sutileza de um elefante em uma loja de cristais.
Ele tinha tudo o que a sociedade ditava como "sucesso": uma carreira estável em uma multinacional, um bom salário, uma casa confortável, uma família que o amava. Mas a sensação persistente era de que algo fundamental faltava.
Levantou-se, encarando a própria imagem refletida no espelho do banheiro. As olheiras denunciavam noites mal dormidas, preenchidas por uma inquietação que ele não conseguia definir.
No trabalho, a angústia só aumentava. Reuniões intermináveis, metas inalcançáveis, a competição acirrada entre colegas, tudo parecia sufocá-lo. Aquele ambiente, antes estimulante, agora se assemelhava a uma gaiola dourada.
Carlos se pegava pensando: "É isso? É só isso que a vida tem para oferecer?". A pergunta ecoava em sua mente, acompanhada por um sentimento crescente de insatisfação profissional.
Em um final de semana particularmente melancólico, Carlos navegava pela internet, buscando distração, quando se deparou com um blog sobre desenvolvimento pessoal. Um título em particular chamou sua atenção: "A Felicidade Está em Suas Mãos: Lições de Autoconhecimento".
Curioso, clicou no link e começou a ler. O artigo falava sobre a palestra do Pathwork, que ele nunca havia ouvido falar, e trazia conceitos que o fizeram parar para pensar.
"A felicidade não depende de circunstâncias externas, mas sim de um processo de autoconhecimento", dizia o texto. A frase o impactou como um raio. Seria esse o "algo fundamental" que lhe faltava?
Intrigado, Carlos mergulhou na leitura. Descobriu que a busca pela felicidade genuína reside em conhecer a si mesmo profundamente, confrontando as próprias falhas e buscando a perfeição como um processo contínuo.
O texto o desafiava a questionar suas motivações, a investigar os sentimentos por trás de seus atos, a ser honesto consigo mesmo, por mais difícil que fosse. "Quais são meus erros?", "Tenho sido realmente honesto comigo mesmo?", esses questionamentos, antes ignorados, agora martelavam em sua mente.
As palavras do Pathwork® pareciam descrever exatamente o que ele estava vivendo. A insatisfação, o descontentamento, eram sinais de que ele não estava preenchendo sua vida como deveria. A infelicidade era um sintoma, um alerta de que algo precisava mudar.
Inspirado pelos ensinamentos da palestra, Carlos decidiu iniciar um processo de autoconhecimento. Começou a meditar, buscando silêncio interior para ouvir a própria voz, a identificar seus medos, suas inseguranças, seus desejos reprimidos.
A jornada não foi fácil. Ele se deparou com resistências internas, com a dificuldade em ser honesto consigo mesmo, em aceitar verdades que preferia ignorar. Mas a cada obstáculo superado, sentia uma sensação de libertação, de paz interior.
Conforme se aprofundava em seu processo, Carlos começou a entender a raiz de sua insatisfação profissional. Percebeu que, em algum momento, havia se desconectado de seus valores e aspirações, se deixado levar pela busca por status e reconhecimento externo.
O trabalho, antes visto como um meio de alcançar a felicidade, havia se tornado um fardo, uma fonte de angústia. Ele havia se tornado um personagem em uma peça que não o representava mais.
Com a clareza que o autoconhecimento lhe proporcionou, Carlos tomou a decisão de mudar. Decidiu sair da multinacional onde trabalhava e, para isso, usou todo o seu conhecimento para criar um plano de transição de carreira.
A decisão foi recebida com surpresa e preocupação por amigos e familiares. "Você está louco?", diziam. "Em tempos de crise, você quer largar um emprego como esse?".
Carlos estava decidido mas não ignorou os alertas das pessoas que o amavam. Buscou ajuda profissional para entender melhor os passos de uma transição de carreira segura e como navegar emocionalmente por novos mares. Mas ele não desistiria, havia encontrado algo mais valioso do que a segurança ilusória de um emprego que não o satisfazia: a coragem de ser fiel a si mesmo.
Foi estudando suas vocações e motivações de alma e tomando posse de suas habilidades e experiência de vida. Na hora certa, saiu da empresa e abriu um pequeno negócio próprio. O caminho foi desafiador, exigiu esforço e dedicação, mas Carlos sentia-se vivo, realizado. Ele havia finalmente encontrado um propósito que o motivava, que o conectava com seus valores mais profundos.
Sua história se espalhou, inspirando outros a também buscarem sua própria felicidade. Carlos passou a compartilhar sua experiência em seu blog, mostrando que a crise da meia-idade pode ser uma oportunidade para um recomeço, para uma vida mais autêntica e plena.
E assim, a partir de uma crise de aniversário e guiado pelos ensinamentos do Pathwork, Carlos descobriu que a verdadeira felicidade não estava em um cargo, em um salário, ou em qualquer conquista externa, mas sim na jornada de autoconhecimento, na coragem de ser quem realmente é, na busca por um propósito que dê sentido à sua vida. Carlos se deu a chance e o tempo teve a oportunidade de refletir sobre o que era de fato importante para ele naquele momento da vida.
O vazio inicial que sentiu acabou fazendo com que pudesse se conectar com algo com mais sentido e foi assim que ele se reencontrou!
História criada por Heitor G. Fagundes, PhD e Isabel Urrutia inspirada na realidade que vemos no mundo corporativo atualmente e no texto da palestra 011 do Pathwork®
Todas as palestras do Pathwork® estão disponíveis emwww.pathwork.com.br
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