O Primeiro Sim
- Heitor G. Fagundes
- 18 de set.
- 2 min de leitura
Mudar é uma das palavras mais bonitas e assustadoras que existem. Ela carrega dentro de si uma promessa — e um risco.
Porque mudar é sair do conhecido. Mesmo que o conhecido esteja doendo. Mesmo que ele já não sirva mais.
É curioso como às vezes passamos anos vivendo em padrões que nos fazem sofrer — repetições, culpas, medos, reações automáticas — e mesmo assim hesitamos em largá-los. Porque, de algum modo, eles ainda parecem mais seguros do que o novo.
Mas há um momento em que algo dentro da gente começa a chamar. Não é um grito, nem sempre é claro. Às vezes vem como uma inquietação silenciosa, às vezes vem como uma crise dolorosa que nos empurra para a mudança. De uma forma ou de outra, surge um incômodo, e uma pergunta insiste: Será que minha vida poderia ser diferente?
É nesse momento que a porta começa a se abrir.
O que vai acontecer depois depende de uma escolha. E essa escolha não é sobre mudar o mundo, nem resolver tudo de uma vez. É algo muito mais simples e poderoso: é dizer sim.
Sim para olhar para dentro. Sim para parar de culpar o passado, os outros, o destino. Sim para reconhecer que eu posso — e devo — participar da criação da minha própria vida.
Esse é o primeiro sim. E sem ele, nada começa.
Muitas vezes, pedimos ajuda espiritual. Buscamos sinais, proteção, milagres. Mas o que o mundo espiritual espera de nós não é perfeição. É disposição. É o gesto honesto de dizer: “Estou pronto para começar. Me mostra como.”
E então, algo acontece.
A vontade de mudar — quando é sincera — cria um movimento real no universo. Mesmo que pequeno, esse movimento já nos conecta com forças que estavam adormecidas. Portas começam a se abrir. Não porque tudo ficou fácil, mas porque algo em nós acordou.
O caminho da mudança não é linear. Às vezes damos dois passos e tropeçamos no terceiro. Às vezes caímos de novo nos velhos buracos. Mas agora já sabemos que estamos caindo. E isso muda tudo.
Aos poucos, o que antes era só vontade vira prática. O que antes era só ideia vira ação. E o que antes parecia impossível começa a parecer... natural.
A vida não muda de fora para dentro. Ela muda de dentro para fora, quando temos a coragem de fazer essa pergunta simples: Será que estou mesmo disposto a mudar?
E se a resposta for um sim, mesmo tímido, mesmo trêmulo... o primeiro passo já foi dado. Siga! Com calma, mas siga!
Baseado na Palestra Pathwork 003 – Escolhendo o seu Destino: A Vontade de Mudar
Se quiser ouvir este texto e meditar sobre ele é só acessar no Youtube em : https://www.youtube.com/playlist?list=PL9_WFoS7J2qRScUxpryzpgDIPT5m5bEOY

por Heitor, alguém que também está aprendendo a navegar
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